CEDEAO lança oficina regional para impulsionar o projeto de integração digital regional da áfrica ocidental
08 May, 2025CEDEAO lança oficina regional para impulsionar o projeto de integração digital regional da áfrica ocidental, reafirmando o compromisso com uma região digitalmente inclusiva e interligada
A Comissão da CEDEAO, em parceria com o Projeto de Integração Digital Regional da África Ocidental (WARDIP) financiado pelo Banco Mundial, lançou oficialmente, no dia 7 de maio de 2025, em Abuja, Nigéria, uma Oficina Técnica sobre Coordenação de Políticas e Partilha de Conhecimento no domínio da Integração do Mercado de Conectividade. O encontro reúne representantes dos Estados-Membros da CEDEAO, autoridades reguladoras de telecomunicações, instituições regionais, parceiros de desenvolvimento e atores do setor privado para um diálogo estratégico orientado para o futuro, centrado no reforço do acesso à banda larga e na harmonização regulatória em toda a região.
No seu discurso de abertura, a Sra. FOLAKE OLAGUNJU, Diretora Interina da Economia Digital e dos Correios da Comissão da CEDEAO, sublinhou a importância de alinhar as agendas digitais nacionais com os objetivos regionais estabelecidos na Estratégia de Desenvolvimento do Setor Digital da CEDEAO (2024–2029). Apelou a uma maior sinergia entre os Estados-Membros para colmatar o fosso digital e promover soluções de conectividade acessíveis e inclusivas. “Esta oficina deve levar-nos da coordenação ao compromisso efetivo,” afirmou OLAGUNJU. “Só através da apropriação partilhada e de uma colaboração concreta poderemos construir um mercado digital integrado que responda verdadeiramente às necessidades dos nossos cidadãos.”
O Eng.º Waidi Abdulkareem, Diretor-Adjunto de Telecomunicações e Serviços Postais do Ministério Federal das Comunicações, Inovação e Economia Digital da Nigéria, que presidiu à sessão de abertura, reafirmou o forte compromisso da Nigéria com a integração regional através da infraestrutura digital e da cooperação regulatória. Destacou a importância da colaboração transfronteiriça para acelerar a expansão da banda larga, fomentar a inovação e garantir que nenhum país fique para trás na transformação digital da região. Expressou ainda a total disponibilidade da Nigéria para colaborar com a Comissão da CEDEAO e os seus parceiros na implementação de quadros harmonizados que favoreçam o crescimento inclusivo e a soberania digital na África Ocidental.
A oficina constitui um marco estratégico na implementação do Eixo 2 da Estratégia Digital da CEDEAO, centrado no desenvolvimento da infraestrutura digital e na acessibilidade da banda larga. Está igualmente alinhada com o Componente 2 do WARDIP, que visa promover um ambiente regulatório favorável, estimular o investimento do setor privado e facilitar o desenvolvimento de infraestruturas transfronteiriças para apoiar os objetivos de integração digital da região.
Intervindo em nome do Banco Mundial, a Sra. Rocío Sánchez Figueroa, Especialista Sénior em Desenvolvimento Digital e Coordenadora da Equipa Técnica do WARDIP, destacou o papel essencial das organizações regionais como a CEDEAO na promoção de mercados digitais harmonizados. Sublinhou que as experiências de outras regiões do mundo demonstram que a coerência regulatória, o investimento estratégico e a coordenação institucional eficaz são fundamentais para reduzir os custos da banda larga e desbloquear o potencial económico regional.
Ao longo da oficina, os participantes estão a aprofundar cinco áreas temáticas centrais: quadros políticos e regulamentares regionais; acessibilidade e custo da banda larga; fundos de serviço universal; estabelecimento de um Ponto de Troca de Internet Regional; e o papel da tecnologia via satélite no combate às lacunas de cobertura. A oficina prossegue até 8 de maio de 2025, culminando na validação de recomendações-chave e na definição de um roteiro para a implementação coordenada das prioridades no âmbito da Visão 2050 da CEDEAO. Esta iniciativa reflete o compromisso da Comissão com uma abordagem centrada nas pessoas e orientada para resultados, assegurando que as políticas de transformação digital não sejam apenas tecnicamente robustas, mas também tenham impacto concreto na vida dos cidadãos — alargando o acesso à informação, gerando emprego e promovendo a inclusão económica. Responde igualmente às expectativas dos decisores políticos, reguladores e parceiros de desenvolvimento que procuram maior alinhamento e responsabilização na agenda digital da região.