CEDEAO convoca reunião de validação de alto nível para aprovar política de formação da força de alerta em operações de paz e segurança regional

A Comissão da CEDEAO, através da Direcção de Manutenção da Paz e Segurança Regional, organizou uma Reunião de Validação de Especialistas Governamentais sobre a Política de Formação da Força de Alerta da CEDEAO para Operações de Apoio à Paz, nos dias 16 e 17 de Julho, em Abuja, Nigéria. O encontro reuniu peritos em formação dos Estados-Membros da CEDEAO, especialistas técnicos e parceiros estratégicos com o objectivo de finalizar e validar a política de formação da Força de Alerta da CEDEAO (ESF) para operações de apoio à paz.

Na sessão de abertura, o Major-General Umar Abubakar, Director de Manutenção da Paz e Segurança Regional do Ministério da Defesa da Nigéria, sublinhou a importância de transformar a Força de Alerta num mecanismo operacional efectivo para a paz e estabilidade regionais:

“Este é um momento decisivo para a CEDEAO. A política que estamos hoje a validar permitirá transformar a nossa Força de Alerta de um conceito teórico para uma realidade operacional. Garantirá que estejamos prontos para responder com rapidez e eficácia aos conflitos na região, servindo também como brigada de prontidão da Força Africana de Alerta. Trabalhemos juntos para aprovar uma política que reflicta as nossas realidades regionais e a nossa ambição de paz.”

Na sua intervenção principal, o Dr. Sani Adamu, Chefe Interino da Divisão de Operações de Apoio à Paz, destacou a visão subjacente à política e a sua relevância no actual contexto operacional:

“Esta política não é apenas um documento – é um quadro estratégico que integra a observância dos direitos humanos, a igualdade de género, a protecção de civis e a recuperação pós-conflito. Lança as bases para uma força profissional e preparada para lidar com a complexidade das operações de apoio à paz contemporâneas.”

Acrescentou ainda:

“Há mais de uma década que vislumbramos uma doutrina de formação unificada. Este processo de hoje torna essa visão tangível. Agradeço o compromisso inabalável dos nossos peritos e parceiros.”

Durante a sessão de encerramento, a Sra. Yvone Akpasom, em representação da GIZ no âmbito do Projecto da CEDEAO para a Paz, Segurança e Governação (EPSG), reafirmou o papel dos parceiros técnicos na transformação regional:

“A GIZ orgulha-se de apoiar a CEDEAO na elaboração de uma política de formação abrangente, operacional e alinhada com as normas globais. A vossa contribuição na concepção e validação deste quadro estratégico demonstra a nossa determinação conjunta em construir uma Força de Alerta capaz, credível e coesa.”

A reunião seguiu uma agenda estruturada que incluiu sessões técnicas plenárias e grupos de trabalho temáticos. Os participantes analisaram a arquitectura da política, o seu âmbito, os padrões de formação, as responsabilidades operacionais e os mecanismos de implementação. A versão revista da política está alinhada com o quadro da Força Africana de Alerta e incorpora temas-chave como inclusão, igualdade de género, responsabilização e normalização.

Esta iniciativa enquadra-se no Projecto da CEDEAO para a Paz, Segurança e Governação (EPSG), co-financiado pela União Europeia e pelo Ministério Federal da Cooperação Económica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ), e implementado pela GIZ. A iniciativa contou ainda com a colaboração da Expertise France e da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID).

A Comissão da CEDEAO reiterou o seu compromisso com o reforço das operações de apoio à paz na África Ocidental e apelou à rápida adopção e implementação da política final por todas as partes interessadas.

Esta acção está em conformidade com a Visão 2050 da CEDEAO, que aspira a construir uma África Ocidental totalmente integrada, pacífica e próspera. Ao institucionalizar uma política de formação unificada para a Força de Alerta da CEDEAO, a Comissão reforça o seu compromisso com a diplomacia preventiva, a solidariedade regional e a capacidade de resposta rápida a crises. Este quadro de formação não só melhorará a eficácia operacional, como também promoverá a estabilidade, a resiliência e a segurança humana nos quinze Estados-Membros da CEDEAO.